Dia Internacional das Mulheres

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O que deveria ser uma data para ser festiva, infelizmente não é, pois o que as mulheres têm a comemorar?

Aumento do número de feminicídios? Desigualdades salariais? Crescimento assustador da postura machista?

Não, não são motivos para comemorar, muito pelo contrário, só a lamentar e, mais que lamentar, agir!

Confesso, estou assustado com os noticiários nos últimos meses. Todo dia é uma notícia de alguma mulher morta. A morte, por si só, já seria trágica o suficiente, mas para deixar ainda um pouco mais dramático, essas mortes estão acontecendo com requintes de crueldade.

O que acontece com o dito “homem”? É “somente” a cultura machista em que crescemos ou existe algo mais? Creio que é uma somatória de fatores, onde pesa em muito, sim, a cultura machista, mas podemos também adicionar uma boa dose de desiquilíbrio emocional e uma grande insatisfação com sua própria sexualidade, pois não há muita explicação para tanto ódio e tanta crueldade.

Uma das coisas que mais me incomoda nessas notícias de feminicídios é que, via de regra, a “justificativa” sempre é a mesma:  o companheiro não aceitou o fim do relacionamento.

Aceitando ou não, que direitos você acha que tem sobre a vida de outra pessoa? Onde diabos você ainda acha que a mulher é sua propriedade? Se você tivesse sido homem, na acepção mais acertiva da palavra, talvez ela não tivesse te trocado, então, não desconte sua frustração e sua incapacidade nela. Se trate, seu traste!

Mulheres, não tenho muito o que dizer, exceto me comprometer com essa mudança urgente e já tardia. Compromisso de agir sempre com respeito, mas também, repudiando atos machistas, pois a medida que não hajam mais risos de deboche e cumplicidade de outros homens, talvez os babacas comecem a repensar suas estúpidas atitudes.

Não posso, pelo menos por enquanto, desejar-lhes parabéns, pois como comecei esse texto, não há o que ser felicitado.

Desejo a vocês, de coração, que a tão sonhada igualdade realmente chegue, que vocês não precisem mais temer a nada e nem a ninguém, que as suas remunerações sejam iguais ou superiores, pois a competência de vocês, certamente já é.

Desejo que vocês deixem de ser vistas somente como as provedoras do lar e matriarcas de famílias felizes, mas que sejam vistas e reconhecidas por serem grandes seres humanos, profissionais fantásticas, pesquisadoras brilhantes e, também, se assim o quiserem, mães, mas que essa seja uma decisão de vocês e não mais uma imposição da sociedade.

Que vocês tenham forças suficiente para continuar essa batalha tão desigual, que não se deixem calar, mas sim, que façam calar os brados machistas que ecoam mundo afora e que possam, com a firmeza e a doçura que lhes é peculiar, conquistar suas merecidas posições no mundo!

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