Viagem ao Espaço

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Você já viajou ao espaço? Não? Pois sabia que eu já, várias vezes, embora nunca tenha entrado num foguete.

Vez ou outra eu costumo fazer essa viagem, que por vezes é bem rápida, tipo aquele bate e volta, sabe como é?

Faço essas viagens sempre que tenho um problema ou uma angústia mais séria, quando algo me incomoda muito. Vou te contar como faço essa viagem.

Se isole um pouco, tente ficar num lugar com o mínimo de barulho possível. Coloque uma música que te cause relaxamento, que te facilite essa viagem espacial.

Pense no problema ou situação que você está enfrentando, imagine que você está se colocando frente a frente com ele. Dimensione bem o tamanho da encrenca.

Agora vem a parte louca da história (acredite, sempre fiz isso muito sóbrio). Feche os olhos e se imagine saindo do chão, deixe a música ir tomando conta do seu corpo, comece a prestar atenção na sua respiração e imagine que você está subindo, subindo e subindo.

No começo é meio louco, você sente a tentação de abrir os olhos, mas cuidado, não faça isso, pois você pode cair de vez! Resista e continue subindo. Em pouco tempo você vai começar a sentir uma sensação estranha e começa a gostar da experiência.

A medida que você vai avançando, espaço a dentro, você começa a ter percepção de uma nova realidade, a realidade do universo que se mostra bem na sua frente. O planeta terra vai se tornando um pontinho distante e, ao mesmo tempo, a escuridão do espaço gera um pouco de insegurança, mas também de paz.

A insegurança pode vir da sua percepção de que não há nada mais a sua volta que te sirva de apoio. Você está só, absolutamente só, num ambiente desconhecido, mas surpreendente.

A paz começa a tomar conta quando você se dá conta de que seus problemas, por maiores que sejam, praticamente sumiram diante da imensidão dessa nova realidade.

Viaje um pouco, caminhe por esse espaço, aproveite que você não precisa de roupas especiais e dê uma voltinha entre as galáxias, relaxe e aproveite, mas lembre-se, resista a tentação de abrir os olhos, embora, nesse momento da viagem, creio que você já não vai mais querer é voltar…

Mas, mesmo que a ideia seja tentadora, você também não pode permanecer definitivamente por lá e chega o momento de voltar. Uma dica, comece a mexer suas mãos, volte sua atenção a sua respiração e comece a fazer a viagem de volta, devagar, bem devagar. Sinta que você retorna, mas também que retoma o rumo da sua própria vida junto a esse retorno.

Enfim, em alguns minutos, você estará de volta e seu corpo estará mais leve, sua mente e sua visão bem mais amplos e você vai encarar aquele monstro como quem olha para uma formiga.

Toda essa viagem eu faço há alguns anos. Claro que nem sempre as coisas são simples de serem resolvidas e não é isso que quero lhe dizer, mas sim, que por pior que sejam, elas não são nada frente a grandeza da vida e do universo.

Essa viagem não tem o objetivo de fazer ver o quanto somos pequenos, pelo contrário, mas de nos dar a dimensão do universo e do quanto podemos crescer e nos expandir, saindo da caixinha quadradinha onde vivemos.

Não são nossos problemas que são grandes, mas sim, nossa visão que é limitada e pequena.

Faça essa viagem quantas vezes for necessária, aproveite que por enquanto não existe imposto para as viagens de pensamento, assim como, também não haverá cobrança por excesso de bagagem, pois você vai levar um peso que ninguém vê e voltará com um conhecimento e percepção que não ocupam espaço, embora estejam em todo o Espaço.

Essa música abaixo é a que uso para as minhas viagens, é a minha playlist para viagens ao espaço. Monte a sua e boa viagem!

Enya – Cursum Perficio

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