Fim de mais um ciclo

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Todo final de ano, já há muito tempo, costumo fazer minhas reflexões sobre o ciclo que se encerra, analisar os pontos positivos, agradecer e fazer planos para o ano que se aproxima.

Particularmente, graças a Deus, nem posso reclamar, pois apesar de alguns percalços, posso dizer que estou encerrando esse ano bem, fato pelo qual agradeço, mas que não tira de mim, um profundo pesar, pelos incontáveis fatos tristes que marcaram 2018.

O que podemos esperar desse novo ano que se aproxima? Sinceramente, não faço ideia, mas temo que coisas não muito boas. Antes que já façam tempestade, não estou falando do campo político, embora, naturalmente, me preocupe também, mas falo das pessoas.

Esse ano tivemos provas incontestáveis da maldade humana, despindo-se de todo verniz social, muitas pessoas se mostraram de uma forma assustadoramente fria, insensível, para não dizer, cruel.

Nem o clima de Natal, onde normalmente as pessoas estão mais receptivas, parece ter abrandado alguns corações. As pessoas estão iguais a barris de pólvora e basta qualquer faísca para que tudo vá para os ares.

Nosso mundo adoeceu. Ao invés de amor, vemos rancor, desejo de vingança, inveja, menosprezo até pela própria vida humana, sem falar nos pobres dos animais, que cada vez mais sofrem com o descontrole dos ditos “seres humanos”.

Não sei explicar, mas sinto em minha alma e em meu coração, que infelizmente, ainda veremos muitas coisas ruins acontecendo. Talvez não seja apenas o fechamento de mais um ano, mas sim, de fato, o fechamento de um ciclo, um ciclo de transformação, de crescimento e de evolução.

No entanto, todo crescimento dói e pode ser que ainda tenhamos que sentir muita dor até que nossa mente realmente desperte para uma nova realidade, onde o ser seja mais importante que o ter.

Meu desejo a todos nesse novo ciclo é que tenhamos mais reciprocidade, mais compreensão, mais tolerância e menos razão.

Que nossos critérios sejam justos, mas que também possamos lembrar que ser justo não é ser cruel e que ceder é um gesto de nobreza de espírito e não de fraqueza.

Que possamos retomar a essência do Natal, que é o renascimento, o recomeço, o desprendimento dos bens materiais em nome de uma causa muito maior: o amor!

Amor, sentimento que anda em desuso, esquecido num canto qualquer da alma…

Diante da mesa farta, que tenhamos a gratidão pelo alimento, pois muitos estarão famintos nesse mesmo momento.

Diante dos presentes trocados, que possamos lembrar e, ao menos, orar por aqueles que podem não ter nem o que vestir ou onde dormir.

Acima de qualquer bem material, que possamos nos lembrar que existem coisas que podemos fazer pelos nossos semelhantes, que não nos custam nada: um gesto de generosidade, um ombro amigo, um abraço fraterno, uma palavra de carinho, enfim, nada que possa ser comprado, mas sim, que possa ser sentido e doado.

Apesar de todas as divergências, de todas as mágoas e desavenças, é urgente que possamos nos lembrar que ainda somos humanos, que o ataque que nos foi deferido, na verdade, pode ser um pedido de socorro ou uma autodefesa de quem atacou.

Que sejamos portadores de bons sentimentos e que possamos espalhar a alegria por onde formos.

Que apesar da dor que possamos sentir, consigamos manter a fé na humanidade e espalhar a esperança no coração do próximo.

Se não tiver nada para falar, apenas abrace. Se não conseguir abraçar, ore. Se nem orar você conseguir, pelo menos não julgue.

Que possamos resgatar um pouco da nossa própria humanidade e, com isso, reacender a esperança de um mundo melhor.

BOAS FESTAS E UM FELIZ ANO NOVO!

Epitáfio – Titãs

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